A pequena malva
recolhe e guarda
os raios de sol.
Faz verdes digestões
em silêncio
para que os pássaros
possam ouvir-se entre eles.
Aqui estiveram os moinhos,
altaneiros e bojudos,
com as suas velas angulares.
O vento curioso, porém,
ainda os procura.
«São eles, os estorninhos».
Voam em revoadas circulares,
em torno de uma torre invisível.
Procuram um caminho,
uma rota para algures.
Rodam, rodam, indecisos.
Ali, sobre os telhados velhos,
exploram um sentido
para a sua história.
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