A noite pára
sem norte ou vontade.
Estaciona a escuridão,
levantando um cerco
à hipótese clássica
que o nascer do sol sugere
nas primeiras páginas dos romances.
E eu, sem plano B,
entrego-me à impossibilidade da escolha,
à teimosia divina.
No breu tateio a esquina,
os rostos, as outras mãos suplicantes.
Surpreso,
encontro despojos de claridade,
lugares fugazes de uma ordinária alegria,
onde recupero a ponta do novelo
que me levará a casa,
a casa que não consigo, porém.
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