A gota espreita,
reflete o som e a brisa que a agita,
alucinação simples que a rodeia.
A medo incha, inflama-se,
ajusta-se à ponta da torneira,
saco de moléculas,
pequeno universo em expansão.
Por um instante hesita.
Parece repudiar a sina,
insistir uma vez mais
no incrível regresso à nascente.
Quando se lembra que não se lembra,
cai exata, entregando-se, fóssil e
emancipada, ao prazer curto da viagem,
ao destino-cadáver de um oceano maior.
Sem comentários:
Enviar um comentário