Ninguém pode resolver o meu mistério, nem tomar a minha loucura pela mão e entrar por mim pela noite adentro - seja ela a mais dócil e lunar ou a mais ácida e escura de todas.
Estou entregue a mim mesmo.
Sem irmão possível, nem adoptivos pais para acompanhar ou guiar-me na senda da manhã.
Assim, tendo por lastro esta impossibilidade egoísta ou simplesmente plausível, resta-me contemplar a paisagem cuja inércia da minha vida permite; auditar quiçá as estações miúdas onde outros aguardam comigo as moiras do tempo.
Em suma, estou fodido e escrevo-o de mansinho na pequena solidão com que o dia me agracia.
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