(...) E tenho longas conversas sem nada dizer.
Como se a língua fossem braços de mar
a varrer uma praia desenhada
sobre vidro incolor.
Não há sentido para os meus braços,
nem para as económicas pernas sequer.
A própria mente tem apenas intermitências
de uma ordem sorteada.
Ao leme de mim, está um louco
fascinado por uma bússola de papel.
Por isso, quando as palavras caem-me no chão,
conto sempre até dez,
e elas nunca se levantam.
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