Serás tu ou eu? Pergunto, em grave momento,
Daqueles que abalam as traves da construção
Quem se fundirá primeiro no esquecimento?
Quem varrerá as cinzas caídas no chão?
Para tão magro destino, não haverá respostas
A não ser uma cisterna vazia, escancarada
Onde por detrás da porta, há mais mil portas
Por onde prosseguem as gerações em manada
Se resposta alguma houver, sabe-a o vento
Se alguém houver, que possa ouvir, traduzi-lo
Sob o ranger que os dentes fazem no desalento
Que deliberem as moiras o fatídico momento
Onde a alma inquieta que no meu corpo exilo
Tenha sobre a morte, o último discernimento
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