Tenham paciência: nada há de melhor
Agora que tenho uma estante para livros
posso enfim entender a paz interior
do poeta morto que aguarda os vivos
Não gosto de gatos, gosto da Sissi
Nem de pessoas, mas do Raul Brandão
Não me perguntem se gosto de mim
porque um homem raramente tem razão
Tem razões de um passado que conspira
que incomoda, sussurrando entre dentes
que se enamora do que só havia antes
E só quando a nau contra a vaga se vira
e a paciência se dissolve na imensidão,
a última pétala percebe que floresceu em vão
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