Às vezes, fico a pensar
donde me vêm as palavras
— sobretudo, as improváveis,
as automáticas, aquelas que
devem mais ao sabor do que ao saber.
Às vezes, reconheço um rosto.
Só depois caio em mim
e lembro-me que não pode sê-lo,
porque passaram já 40 anos.
Às vezes o tempo viaja connosco de mão dada.
Outras, solta-se e perde-se na multidão facial
de todas as pessoas que já conhecemos até então.
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