Mãe de toda a língua viva ou morta,
de toda a terra suspensa sob as nossas cabeças atrevidas,
Mãe cantada, cansada, adormecida
por debaixo de dosseis de estanho e conchas raras,
Mão que nos guia e gira no ar,
Mão que nos deixa cair apenas
para compreendermos a morte
como quem lembra o perfume das flores
que se vendem à porta dos cemitérios.
Não há prazer que não saibas entrelaçar em nós,
filhos esclerosados de Maria,
em nós que te pedimos tão-só a graça idiota
de não morreres nunca.
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