Para a g,
o j
e a s (se cá vier)
Ponto, virgula, ponto;
e por aí continuo a marcar apenas o compasso,
à espera que as palavras cheguem
para encher a aridez da pauta,
para derreter o gelo que me empedrou os dedos.
.
Há em mim um desespero ordinário,
o dilema vulgar entre gritar ou calar.
Guardei-vos uma boda sensível
no bolso roto das calças.
E só ficou esta fome para vos dar de lanchar.
3 comentários:
É semore bom vir
ler aqui no aeu Blog.
Lindos versos.
Bjins de otima nova semana.
CatiahoAlc.
As palavras nem sempre chegam, na verdade.
Mas para isso acontecer é preciso espicaçá-las, ameaçá-las com qualquer coisa que se tenha à mão do pensamento...
Excelente poema, gostei imenso.
Boa semana, um abraço.
Esse dilema entre gritar e calar. Confesso que tanto um como outro requerem audácia. Qualquer das opções provoca esse desespero de esperar as palavras mais pessoais ou mais impessoais como o sopro do vento, ou um acto de fé ou a intimidade de qualquer desafio.
Irei lanchar a merenda da minha fome. Posso?
Tudo de bom, meu Amigo Luís.
Uma boa semana.
Um beijo.
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