Aqui ando eu
entre Deus ausente.
E mesmo impressentindo,
sigo em frente,
sorumbático, lendo,
pé ante pé,
o frio e o quente,
o nexo e o desconexo,
olhos abertos mas estáticos
como os de um cego,
perguntando afinal se lá chego.
Mas ninguém de cima
ou debaixo mo promete.
Apenas uma brisa me arrasta de rojo,
subtil e silente.
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| "Praia da Adraga", Alfredo Roque Gameiro (1918, Aguarela) |
1 comentário:
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