Ao Luís Quintais
Leio os teus poemas
e vou acelerado até aos meus.
Pena em riste
como um carro carregado de legumes de frescos
e símbolos ousados que ao primeiro solavanco lírico
caiem aqui e ali pela estrada da estrofe —
essa estrada tão branca como os lobos
que te correm os sonhos
em redor de um castanheiro fluorescente.
E assim saem-me da cartola os versos,
sequela requentada de um filme maior,
pequena vaga espumosa
galgando a areia desejosa de mar.
Essa mesmo, que se molha primeira e seca depois,
para que nela se grafem as pegadas dos mestres
que me levam ao colo.
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