"(...) nem bordos tinha, quanto mais lados,
para um poeta se deitar a descansar à sombra da poesia.(...)"
Rita Taborda Duarte em "as orelhas de Karenin"
E pode o poeta pela manhã
olhar as vísceras do sacrificado galo
enquanto o ouve cantar na capoeira?
Por mais que o poema invente, terá de esperar
que a putrefação das letras
sobre a imemoriável página se consagre,
que o breu se saliente numa sombra indecisa,
mas capaz de adivinhar
o local exato da deflagração das chamas.
Sem comentários:
Enviar um comentário