A palavra não é o que tu sentes.
A palavra surge depois do sentimento,
como uma memória esquisita,
a prima afastada que chega sem avisar,
a dor que aparece nas costas sem saberes porquê.
Depois por ali fica,
comendo quiçá à tua mesa,
acomodada diante do teu espanto ou indiferença,
número da lista telefónica,
que ali se deita quase morta,
à espera que lhe ligues,
quase nunca.
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