Portugal é realmente aquele prato apetitoso, mas que às três das tarde, o estômago lembra-nos que é um pouco indigesto.
Um prato que gostamos desde miúdos mas "que n'alma me tem posto/um não sei quê, que nasce não sei onde,/ vem não sei como, e dói não sei porquê."*.
E apesar das más digestões, nunca resistimos a escolhê-lo da lista mais uma vez.
Acho que ninguém como Camões cantou com tanta precisão e encanto este sentimento dúplice de comer, sofregamente, Portugal ao almoço e passar a tarde a arrotar.
*último terceto é de um soneto de Luiz Vaz de Camões
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