Logo pela manhã,
encharco-me na poesia dos outros,
na esperança de cegar-me para ver.
O transe, porém, esperado, colapsa enfim.
A realidade, fértil por isso mortal,
põe sobre a mesa —
não as avencas recortadas nos poentes,
nem as sombras translúcidas
dos natais passados —
mas apenas uma tigela de muesli
e um café.
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