29/06/2020

Para além do amor

Para  a Fatinha

O que há depois do amor, do paraíso, da felicidade plena, da mais justa e brilhante recompensa?

Tu não és o amor, porque ele é coisa de livros, alfarrábios, filmes antigos.  

Tu és qualquer coisa que caiu e dilui-se dentro de mim. E agora flui do sangue às lágrimas, da carne desejosa dos lábios ao centro industrioso do peito.

Queria escrever-te com as pontas dos dedos em carne viva, com uma tinta rústica, inflamante.

Queria-te sempre sempre na minha boca pequena demais para o teu beijo.

2 comentários:

CÉU disse...

Aqui, "derreti-me" toda-rs e não sou a Fatinha, imagine se fosse!

Todo o texto merece ser aconchegado e beijado.

Beijinhos para si e para a Fatinha.

Luís Palma Gomes disse...

Obrigado, Céu. Sou de facto um felizardo nesse aspecto.