11/05/2015

Civilização Ramsay

Ontem televisionei, por conselho de um amigo e para lhe fazer companhia, os “Desgostos de Ramsay”.

Para além de ser uma série de entretimento que mistura gestão de restaurantes, culinária e uma pitada da ficção documental tão na moda, tinha a meu ver uma mensagem subliminar interessante: Chegava um louraço de olhos azuis, ao que dizem britânico, a um restaurante grego, em Nova Iorque, onde tudo corria mal. A organização, a confecção dos pratos, o higiene e as relações humanas.

 Ramsay com a sua incrível genialidade, endurece o discurso, reorganiza, aconselha aquela genta do sul tão medíocre. Mais tarde, fala com a filha que lhe confessa que os pais não mereciam que os negócios lhe corressem tão mal porque trabalhavam 15 horas por dia, 7 dias por semana, há 30 anos.

Eu penso que foi aqui que começou o busílis do restaurante, colocar gente sensata e generosa do Sul a viver numa sociedade materialista e liberal, onde ganhar dinheiro parece ser um desígnio mais importante que a própria vida.


Fuck you, Ramsay. (Et vive la Grèce!)


2 comentários:

Carla Espada disse...

Já tenho visto esta série e concordo. Muitas vezes as pessoas têm negócios locais sem grandes pretensões "chill Out" "chiques" ou "mainstream" e são apontadas negativamente.

Paris Toujours disse...

ofereço alguma resistência a este tipo de programas.
o Ramsey pode ser um grande génio, mas é igualmente um grande cavalo.