07/04/2015

Advento

A mão do ato fere a melancolia.
(escrever apenas a agita com suavidade)

É por amor, e não por medo,
que aceito o sofrimento.

A esperança guia-me
na penumbra do futuro.

Mas é já de preto
que preparo a morada dos vindouros.

Ensaio as últimas palavras da vida
para quando essa peça estrear
não me falte o silêncio.

Salvaterra, 5 de abril de 2015 

(Poema escrito em 15 minutos. Não há tempo para mais. Foda-se.)

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