Ouve as côdeas secas da tua casa,
quando roçam as gengivas,
os passos das traças atrás do móvel da sala,
o ruído dos canos levando a água para o mar,
o silêncio suspenso do candeeiro sobre a cama.
Ouvir é um ato insuspeito —
mas insurreto —
no império quieto dos olhos.
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