Lanço nos olhos da gata
o segredo dos bosques que não vi.
Imagino-a o tigre de espanto e luz
que Blake fazia correr na selva indiana.
Depois suspiro e entendo o desespero
de quem apenas pode ver,
incapaz de imaginar felinos a arder por aí.
Ilustração de Marina Palácio |
2 comentários:
Gostei de recordar William Blake no maravilhoso poema "Tigre, tigre que flamejas nas florestas da noite." Posso imaginar os olhos a arder em espanto e luz e ficar triste quando o meu olhar abrange apenas o que "é visível aos olhos". Belíssimo!
Desejo que esteja bem.
Fiquei entusiasmada com a sua ideia de publicar outro livro.
Uma boa semana.
Um beijo.
Gostei muito do poema e adoro felinos.
Abraço, boa semana.
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