Tenho um buraco a atravessar-me o peito,
a rasgar-me as costas,
Carne desfeita pela bala de um cossaco russo
Esquecido pela história num pântano da Crimeia.
Há uma loucura que mata.
Há outra que salva.
Esta que me assola é de outra estirpe.
Não sei qual, exatamente.
Sei apenas que me atravessou o peito
Como qualquer moscardo gigante teria feito.
1 comentário:
Enlouquecemos com frequência. Umas vezes para morrer. Outras vezes para nascer de novo. Dentro do peito há quase sempre uma ferida, como se a tragicidade da nossa vida fosse um remorso. Mas como escreveu Rumi "é pela ferida que entra a luz". Iluminemo-nos!
Desejo que esteja bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
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