às ervas daninhas que sobre outras ervas crescem agora.
Por cima dele, os melros cantam pingos de tarde
a cair num balde de ferro,
os limões apagam-se como bicos de fogão
quando acabam de aquecer o chá,
e a carriça disfarça-se entre os botões desfolhados
das últimas rosas.
A Lua acende as silhuetas
e o ladrar dos cães engrossa a espessura da noite
até de manhã.
1 comentário:
Apreciei a lentidão dos bichos. Ouvi crescer as ervas daninhas. Os melros até cansam de tanto cantar. Fez-se noite e a lua cheia abraça os amantes e os poetas. E eu amei o seu poema, meu Amigo Luís.
Desejo que esteja melhor.
Uma boa Semana Santa. Uma Páscoa abençoada.
Um beijo.
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