Dos plátanos,
algum rumor de vento.
Debaixo deles, vêm pousar os gatos
sobre os capôs dos carros.
Adiante, o mar é uma colcha bordada
de peixes brilhadores.
Os pescadores conversam-lhe as cores
à volta do mercado.
Lá dentro, os frutos que a manhã deixou à porta,
cheiros de outros tempos e lugares.
Ah, se eu não morresse nunca
e pudesse juntar eternamente
os fragmentos desta cidade.
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