29/08/2022

Tudo me pedias

 Entre algares camuflados por moitas, 

tudo me pedias.  

E eu, mortal, lá ia aos solavancos,

buscar-te guerras e borboletas,

pelo único trilho que ficara

da imensa rede de estradas, entretanto soterradas

pelas cinzas de um vulcão que se via das traseiras.


Agora de sofá em riste para a televisão,

julgo-me um estagiário de funambulismo,

galgando arranha-céus sobre teias de aranha inventadas

para fingir perigo de vida.


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