Surpreendido hoje pela morte de António Augusto Borges, fiquei mais pobre. Morreu-me um amigo, um amigo do teatro e da vida. Tenho a clara impressão que fiquei-lhe a dever qualquer coisa. Pelo menos, um abraço. Fizemos a "A Moura" juntos. Eu era o Conde e ele, o meu frade confessor.
A primeira frase durante o espetáculo que eu lhe dirigia era: "Ainda bem que vieste." E assim o continuei a cumprimentar cada vez que o via no foyer, nos ensaios, na rua, nos belos almoços que fizemos.
O espetáculo terminava com esta frase dita por ele: "Vou descansar. Foram dias de muito reboliço. Já começo a ficar velho, meu senhor. (Olhando primeiro céu devagar) Hoje está quarto crescente. Um bonito astro, por sinal. Faz lembrar a Oriana – a Moura. A princesa-santa. Boa noite, Conde. ". E fechavam-se as luzes.
Até sempre, frade. Provavelmente, num ou noutro momento de sensatez, humor ou boa disposição, vou lembrar-me de ti, António.
A primeira frase durante o espetáculo que eu lhe dirigia era: "Ainda bem que vieste." E assim o continuei a cumprimentar cada vez que o via no foyer, nos ensaios, na rua, nos belos almoços que fizemos.
O espetáculo terminava com esta frase dita por ele: "Vou descansar. Foram dias de muito reboliço. Já começo a ficar velho, meu senhor. (Olhando primeiro céu devagar) Hoje está quarto crescente. Um bonito astro, por sinal. Faz lembrar a Oriana – a Moura. A princesa-santa. Boa noite, Conde. ". E fechavam-se as luzes.
Até sempre, frade. Provavelmente, num ou noutro momento de sensatez, humor ou boa disposição, vou lembrar-me de ti, António.
António Borges Lopes (frade) e eu (conde) em A Moura 2015/2016 |
1 comentário:
Os meus sentimentos pela tua perda.
O teu post está bonito mesmo que se trate de uma triste noticia.
Enviar um comentário