sabes bem que não minto
mesmo na profunda masmorra,
agarrado a grilhetas bem temperadas,
sabes que não minto,
sabes que não minto,
mesmo que a verdade
se enrede na loucura
própria de quem se julga vivo
sabes que não minto
apenas dedilho as poucas palavras
apenas dedilho as poucas palavras
que fogem pela fresta dos olhos
encaminhando-as para o poço da morte,
onde motards tatuados nas costas
desafiam os limites de uma coisa sem nome
e quando as coisas se tornam inomináveis
começa um poema
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