a peste grassa
entre os mais ínfimos
outeiros da cidade
enquanto um velho mendigo
aguarda
a chegada sempre segura
da primavera
há um lamento tímido
nas conversas dos
agrilhoados ao porão da barca
que se afunda, onde
uma pomba sonora
prepara já o grito
de aleluia
a tudo isto assistem
poetas sentados
que entendem
mas não traduzem
para a linguagem dos vivos
as nuvens negras
que assomam por
detrás das crateras
entre a relva semicortada
onde pastam, como arlequins,
pequenos estorninhos danados,
aflora
tímida e inesperada
a cidade do futuro
saúdem-se os antigos reis
e os burgueses (todos nós) por cumprir
o cheiro dos corpos apesar de tudo
felizes
chama-se abril
entre os mais ínfimos
outeiros da cidade
enquanto um velho mendigo
aguarda
a chegada sempre segura
da primavera
há um lamento tímido
nas conversas dos
agrilhoados ao porão da barca
que se afunda, onde
uma pomba sonora
prepara já o grito
de aleluia
a tudo isto assistem
poetas sentados
que entendem
mas não traduzem
para a linguagem dos vivos
as nuvens negras
que assomam por
detrás das crateras
entre a relva semicortada
onde pastam, como arlequins,
pequenos estorninhos danados,
aflora
tímida e inesperada
a cidade do futuro
saúdem-se os antigos reis
e os burgueses (todos nós) por cumprir
o cheiro dos corpos apesar de tudo
felizes
chama-se abril
1 comentário:
Passei por aqui e gostei de Abril
Maria Fernanda Pinto
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