ao Miguel-Manso
O poema é a parte do silêncio
que não coube na caixa negra do esquecimento,
transbordou por entre as frestas dos dedos
e ouviu-se cair no vazio
que se instala entre os pingos da chuva.
O poema é o que ficou do retrato
depois de recortado o rosto.
O poema é o big bang do instante,
expandindo-se pelo infinito do balde
que uma criança loura levou para a praia.
O poema é só isto.
O poema é a parte do silêncio
que não coube na caixa negra do esquecimento,
transbordou por entre as frestas dos dedos
e ouviu-se cair no vazio
que se instala entre os pingos da chuva.
O poema é o que ficou do retrato
depois de recortado o rosto.
O poema é o big bang do instante,
expandindo-se pelo infinito do balde
que uma criança loura levou para a praia.
O poema é só isto.
Sem comentários:
Enviar um comentário