A inquietude das formas
lembrando-nos que o rio que passa
é um peixe que quer ser ave,
é uma ave que quer ser vento,
é o vento que quer ser a vela do moinho
rodando em círculos e mais círculos
como se fosse um ritual de pão.
lembrando-nos que o rio que passa
é um peixe que quer ser ave,
é uma ave que quer ser vento,
é o vento que quer ser a vela do moinho
rodando em círculos e mais círculos
como se fosse um ritual de pão.
E de súbito,
tudo se sustém,
tudo aguarda, quieto,
a fotografia de um anjo
que passa apenas passando
e ao passar nos deixa
a sensação estranha de não haver nomes,
nem tempo, nem sequer o sol
(esse supremo grão de areia,
seguro entre os dedos de outras estrelas)
mas apenas um resto de brisa
saído de um desfolhar de pétalas.
tudo se sustém,
tudo aguarda, quieto,
a fotografia de um anjo
que passa apenas passando
e ao passar nos deixa
a sensação estranha de não haver nomes,
nem tempo, nem sequer o sol
(esse supremo grão de areia,
seguro entre os dedos de outras estrelas)
mas apenas um resto de brisa
saído de um desfolhar de pétalas.
2 comentários:
muito bonito.
na minha opinião, são doces palavras.
Foi escrito no Olimpo de Queluz, ou seja, no Palácio de Queluz.
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