26/01/2013

Django



"Django" é tarantino, morricone, spaghetti e ketchup.  Estes 4 fatores dizem respeito à música, à narrativa, ao argumento e sobretudo ao estilo peculiar deste autor. Tarantino traz de novo à superfície a temática racista na perspetiva sulista (2 anos antes da guerra da Secessão). Parece um tema esgotado, mas Quentin recicla-o, da melhor forma, com a criação de um Western com pradarias, vilões, xerifes, heróis improváveis, cavalos e, claro está, muitos balázios e partes do corpo humano esfaceladas ou mesmo completamente arrancadas.

Quantos aos atores tem uma interpretação simples, na melhor aceção da palavra. Há quase um toque de farsa no estilo da representação. Parabéns também pela banda sonora que aproxima as cenas do publico de uma forma magnífica - aquele Hip-Hop durante a última (e crucial) cena de tiroteio que opõe Django à canalha sulista é uma pérola.

Numa perspetiva muito pessoal, "Django" é univocamente um Tarantino e só por isso um filme juvenil. Mas sabe sempre bem, alimentarmos a juventude que nos habita numa sexta-feira à noite.

PS. Se alguma vez tiver um gato preto, vou chamar-lhe Django.


Sem comentários: