15/10/2012

Vida nova


Manuel Dias e Helena Sousa Freitas - Autora de um livro sobre o DN Jovem
O Dante conheceu a Beatrice e eu conheci o DN Jovem (1). A partir de então, eu e ele, iniciámos uma vida nova. Graças a Deus e ao Manel(2), não era fácil publicar no DN Jovem - como também para o Dante, Beatrice não era uma conquista fácil. A conquista dele porém nunca se consumou. Enquanto o meu amor pela poesia felizmente consumou-se nas páginas de um jornal de dimensão nacional. A minha vida e a de várias gerações de jovens devem ao suplemento do Diário de Notícias, uma experiência irrepetível e fundamental. Aos 44 anos, já sabemos o suficiente da vida para fazermos um balanço e termos a plena consciência do que foi realmente fundamental.


Humildemente, reconheço que o DN Jovem fez mais pela minha escrita e pela minha curiosidade literária que todos os meus estudos. Mais do que isso, foi através do Manel que conheci o “resto da malta”. Alguns deles são atualmente referências da vida cultural, intelectual e literária portuguesa. Que orgulho! Por tudo isto, foi realmente uma “vita nuova”.

No dia em que defendia minha tese de mestrado em Engenharia Informática na Faculdade de Ciências, a arguente lá tentou colocar-me questões difíceis e apontar, como era seu dever, os pontos fracos da minha tese. Defendi-me como pude. No final da sessão, ela disse-me: “Está muito bem escrita.”. E eu pensei logo: ”Graças ao Manel e ao DN Jovem!”.

(1) DN Jovem - Suplemento de artes do Diário de Notícias, onde os jovens até aos 26 anos podiam publicar os seus trabalhos literários ou plásticos (fotografia e desenho)

(2) Manuel Dias - Jornalista responsável pela publicação do DN Jovem.

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