03/02/2008

"Into the Wild"

Retomar a corrente de pensamento que reúne o divino e a natureza através do filme "Into the wild" de Sean Penn. Um jovem licenciado decide quebrar os laços com o "carreirismo" que o espera depois das suas actividades académicas e lançar um périplo pelos Estados Unidos da América. Ele deseja trocar tudo o que a sociedade urbana espera e dá a um jovem nas suas condições por um único bem: A verdade. E a verdade para Christopher McCandless (protagnista) está à sua espera na mãe-natureza. Percorre as paisagens americanas. O epilogo porém espera-o no "Shangri-La" ecológico dos EUA: O Alaska. McCandless, leitor assiduo de Jack London e Tolstoi, encarna uma personagem profética e de cariz messiânica que deixa um rasto de amor por onde passa. Existe um sentimento latente entre os outros que se cruzam com ele: Uma ausência e vazio. McCandless acredita numa peregrinação transamericana que o faz adoptar o nome de Alex Supertramp (Super Vagabundo). Preenche com esta esperança o vazio dos outros.
Um filme que foge à gramática narrativa do filme hollywoodiano. Troca os troques narrativos pela descrição e referências estéticas e éticas. Mais uma vez apetece repetir: Se não houver terra no Céu, mais vale não haver Céu.



1 comentário:

Anónimo disse...

"THERE is a pleasure in the pathless woods,
There is a rapture on the lonely shore,
There is society, where none intrudes,
By the deep sea, and music in its roar:
I love not man the less, but Nature more,
From these our interviews, in which I steal
From all I may be, or have been before,
To mingle with the Universe, and feel
What I can ne'er express, yet cannot all conceal."

Lord Byron


So' agora tive oportunidade de ver o filme... que experiencia inibriante! tivesse eu coragem para tanto...