27/07/2025

Domingo


Quando acabo de ler o terceiro poema da manhã, já tudo arde no chão da sala: a gata, o tapete marroquino, os passos que, outrora jovens, deixámos  indeléveis no soalho flutuante.


Espero a centelha dos bons dias da minha mulher, a força moral que afinal os domingos não têm. 


Sou feliz apenas quando bebo o café. Depois o sentimento esvai-se manhã fora, enquanto vou perguntando: se estou aqui antes ou depois da morte, Herberto Hélder...


1 comentário:

carlos perrotti disse...

La melancolía de los domingos o su inevitabilidad...
Me encantó, amigo. Abrazo hasta vos!!

(El 10 de agosto tu gran poema protagonizará el Gaterío y a fin de mes con tu permiso estarás en la Bolsa de Gatos correspondiente)
Otro abrazo!!}