Quando acabo de ler o terceiro poema da manhã, já tudo arde no chão da sala: a gata, o tapete marroquino, os passos que, outrora jovens, deixámos indeléveis no soalho flutuante.
Espero a centelha dos bons dias da minha mulher, a força moral que afinal os domingos não têm.
Sou feliz apenas quando bebo o café. Depois o sentimento esvai-se manhã fora, enquanto vou perguntando: se estou aqui antes ou depois da morte, Herberto Hélder...
Sem comentários:
Enviar um comentário