Tudo não é tudo.
Apenas podes compreender a ínfima parte do que te é revelado.
Tudo o resto passa-te ao lado: misterioso, incognoscível,
interdito aos sentidos.
Talvez as outras espécies percebam o que te falta entender:
uma brisa temperada trazendo um aroma, um determinado
raio solar refletido nas flores amarelas,
o odor da água acabada de nascer.
Se fosses um gato, um loureiro, uma abelha,
talvez reconhecesses algum destes sinais.
Mas como homem ou mulher estás — como dizer? —
Se fosses um gato, um loureiro, uma abelha,
talvez reconhecesses algum destes sinais.
Mas como homem ou mulher estás — como dizer? —
condenado ao veredito das abstrações,
à vida que o cativeiro te habituou.
(Tradução para o [melodioso] castelhano)
Solo puedes comprender una ínfima parte de lo que te es revelado.
Todo lo demás pasa a tu lado: misterioso, incognoscible,
prohibido a los sentidos.
Tal vez otras especies perciban lo que te falta entender:
una brisa templada que trae un aroma, un determinado
rayo de sol reflejado en las flores amarillas,
el olor del agua recién nacida.
Si fueras un gato, un laurel, una abeja,
quizás reconocieras alguna de estas señales.
Pero como hombre o mujer estás —¿cómo decirlo?—
condenado al veredicto de las abstracciones,
a la vida que el cautiverio te acostumbró.
4 comentários:
Gostei da perspectiva sobre as limitações do ser humano.
Boa semana e sereno Fevereiro.
Impecable, tanto en portugués como en castellano...
"condenado al veredicto de las abstracciones,
à vida que o cativeiro te habituou."
Chapeau!!
¡Me encantó! primera vez que llego a tu blog.. volveré
Te felicito
Un abrazo
É verdade, na vida percecionamos muitas coisas , mas não somos capazes de descodficat tudo.
Fazer um esforço é já um ato de boa vontade.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
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