Tudo não é tudo.
Apenas podes compreender a ínfima parte do que te é revelado.
Tudo o resto passa-te ao lado: misterioso, incognoscível,
interdito aos sentidos.
Talvez as outras espécies percecionem o que te falta entender:
uma brisa temperada trazendo um aroma, um determinado
raio solar refletido nas flores amarelas,
o odor da água acabada de nascer.
Se fosses um gato, um loureiro, uma abelha,
talvez reconhecesses algum destes sinais.
Mas como homem ou mulher estás — como dizer? —
Se fosses um gato, um loureiro, uma abelha,
talvez reconhecesses algum destes sinais.
Mas como homem ou mulher estás — como dizer? —
condenado ao veredito das abstrações,
à vida que o cativeiro te habituou.
1 comentário:
Gostei da perspectiva sobre as limitações do ser humano.
Boa semana e sereno Fevereiro.
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