Há na liberdade do Outro uma ressonância que me cria ansiedade: os peixes exigindo comida, a gata reivindicando a mesma brincadeira da manhã, a planta da cozinha que teima em morrer para meu desconsolo — muito menor do que o dela, presumo.
Todos me pedem o seu consolo, para meu desconsolo imediato. Eu que apenas pretendo escrever estas poucas linhas que agora ledes.
Temos a possibilidade da liberdade, seja por que nos foi concedida ou por nós conquistada; a possibilidade de aparecer ou não; de fazer ou não.
O que nos pesa, porém, é a consciência do Outro, essa voz forte e feroz que nos grita baixinho ao ouvido o refrão de uma velha canção: "Save me, save me, save me".
2 comentários:
La libertad de ver... que nos da el buen Poeta!!
Abrazo hasta vos!!
A vida é feita de afazeres, de compromissos. Isso limita a liberdade de fazermos apenas o que queremos e desejamos. Será assim?
Um beijo.
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