Tudo é lento e demorado: a construção dos ninhos, a floração das bétulas, o regresso completo das andorinhas.
Não me lembro de ansiedade nos outros animais; a não ser quando lutam por sobreviver, quando percebem que, apesar de tudo, ainda há uma pequena possibilidade de escapar à gadanha da velha ceifeira.
Enquanto eu, medida cheia de genes soberanos, anseio tantas vezes apenas por razões triviais. E porquê? Talvez porque o Homo sapiens imagina demais.
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