o frio do inverno,
as pústulas,
as células agora mais velhas,
suplicando da pele
a frescura doutros tempos.
O cheiro disfarçado da urina
ou da lixívia que tudo mata
e encobre —
tudo menos a percepção
de que algo mudou
de forma aparentemente irreversível.
2 comentários:
La impermanencia también nostalgiosa que sólo un Poeta sensible como vos sabe depurar en inolvidables versos...
Bien hecho, amigo. Abrazo admirado!!
Às vezes precisamos de sofrer o calor e o frio excessivos para que a urgência de viver a vida se nos pegue à pele e sabermos avistar o perfil da nossa infância, mesmo que inventada, e termos a certeza de que irreversivelmente tudo mudou .
Uma boa semana.
Um beijo.
Enviar um comentário