toda a máquina tritura:
rodas dentadas entaladas em rodas dentadas,
oleadas, impossíveis de parar,
pegam no presente,
nas tuas expectativas e (vamos lá ver)
nas tuas nobres ambições
e fazem delas ração para galinhas poedeiras:
ambições; rodas dentadas; galinhas; ovos;
e pintos sem grandes ambições
(que mais tarde alimentaram as tuas)
necessariamente por esta ordem
num ciclo com a potência mínima de uma culatra puxada atrás.
2 comentários:
Há por aí muitas máquinas trituradoras das nossas expectativas, dos nossos sonhos. Rodas dentadas a desenhar fantasmas em nossa pele, para nos inquietar a vida. Tem razão para lembrar Kafka.
Uma boa semana.
Um beijo.
Tu poema es una maquinaria de versos e instantáneas que se ven, que resuenan y evolucionan, amigo, y que seguramente le encantarían a Kafka.
Abrazo admirado una vez más.
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