Ao Daniel Faria, in memoriam
Se estarei por morrer ou por nascer, só Deus sabe.
Tenho, sim, a sensação de que grão a grão
toda a terra se anima para substituir o pão
pela carne ou vice-versa.
E se um jumento passa
a trote com o rapaz à garupa
levanta-se a poeira dos que partem,
assenta a poeira dos que chegam.
O barro é diferente.
O barro são os que regressam.
3 comentários:
Si no existe antes no puede nacer... Los versos ya existen y merodean dentro tuyo por años antes de que les permitas ver la luz.
Inspirador poena, amigo. Te felicito una vez más.
Deixo-lhe o comentário que já tinha feito para este poema:
Obrigada pelo seu poema tão cheio de simbolismo nesta época de renovação. Sinto que estou entre a poeira dos que partem e dos que chegam e o barro dos que regressam. Esse barro onde foram soprados os sonhos que nos inspiram e nos devolvem a nossa fé já gasta mas sempre pronta a sonhar um sonho novo.
Sonhamos porque não nos basta esta verdade de estarmos vivos e há uma fadiga de tudo que há em nós.
Uma boa semana.
Um beijo.
A poeira que me compõe tem a mais o barro e os iões onde voa a imaginação onde me perco e me acho .
Um beijo
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