Tanta felicidade também cansa.
Tem de haver um ponto
uma constância infeliz
um lodo onde nasça
a próxima flor sobre a cicatriz
mas agora em ponto cruz rendada
numa malha ainda mais fina
para que a pouca luz que por lá passe
seja — como assim dizê-lo? —
louvada, sagrada, talvez.
É por isso,
que temos de recomeçar do nada,
do éter, da farsa,
para que essa sagração aconteça outra vez
[Tradução para o Castelhano]
Tanta felicidad también cansa.
Debe haber un punto
una constancia infeliz
un lodo donde nazca
la próxima flor sobre la cicatriz
pero ahora en punto de cruz bordada
y de malla más fina que nunca
para que la poca luz que por allí pase
sea — ¿cómo decirlo? —
alabada, sagrada, tal vez.
Es por eso,
que tenemos que hacer una nueva partida,
del éter, de la farsa,
para que esa consagración ocurra otra vez.
3 comentários:
Querido amigo, hermoso poema, a mi la felicidad no me cansa pero cuando la tengo dura tan poco que hay que volver de la nada, a florecer.
Un placer leerte.
Cariños y besos
Recomeçar do nada. Como se não tivesse limites a desordem onde resistimos às cicatrizes do medo. Não cansa ser feliz. O que casa é não sabermos se existe a felicidade ou se é apenas o sossego onde esperamos a luz... Belo poema,
Uma boa semana.
Um beijo.
Desculpe: que dizer o que cansa.
Abraço
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