Tudo treme e se afasta,
máquina do tempo sem tempo
nem misericórdia.
Já a vontade dorme
o seu sono inquieto de verão,
enquanto brilham, nas árvores,
as coisas vãs, a energia herbívora
dos LED's, pequena fonte de verdade.
E a pergunta surge:
onde está afinal a verdade
destes cedros insistentes e perfilados
do outro lado da rua?
Na raiz que começa, na folha que respira,
na flor que seduz ou no fruto, facto final
e carnudo da vida, sentido animal
que não sabe esperar como um gato.
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