a lide noturna dos teus antepassados
E tu, sentado, pensas e escreves, agora
na esperança dos veres descer
das molduras empalhadas
para te perdoar tão-só
a breve alegria que sentiste há dias
Temo que ela cresça apenas proporcional
à contagem decrescente do vosso reencontro, afinal
Talvez o tempo seja uma maré que vai e vem,
eterno retorno deixando restos de espuma
na areia molhada da praia de Algés
1 comentário:
Reconheço o sentido de tudo o que nos fica pegado à pele em cada ausência: a herança perene de um lamento e uma longa sombra a sangrar pelas casas onde os retratos antigos quase que nos falam.
Achei interessante referir a praia de Algés onde, em tempos antigos me divertia.
Desejo que esteja bem.
Uma boa semana.
Um abraço.
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