revolta o mar com os refrões habituais,
repete tudo através da feitiçaria de um incorrigível mago.
Mas tu, não.
Tu reúnes as tuas coisas debaixo de um casco de pernas para o ar,
onde gravitas depois no conforto da sua sombra
ou acendes o necessário fogo do amor quando a noite chega.
Quem te vê ao longe, dir-te-ia invicta.
Ao perto, porém, quando nos sussurras ao ouvido,
comungamos todos da tua íntima resolução
de não lançar mais o barco ao mar,
nem de apanhar poemas com redes de emalhar palavras
e outros artifícios.
Às vezes, vestem-nos um casaco lindo virado do avesso.
E o forro rasgado revela sem querer
o que a face escondida da lua nos pediu em segredo.
1 comentário:
Pode parecer imaginário correr atrás do vento que corrige a copa das árvores e revolta o mar. Mas acender o fogo quando anoite chega e partilhar uma intimidade que esconde os segredos da lua é como se houvesse um nome que se ajustasse a outro nome e não houvesse mais ninguém nas horas da paixão.
Desejo que esteja bem, meu Amigo.
Tudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
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