Os olhos ardem-me,
quando afloram o limiar verde das coisas,
as abelhas, a película corretíssima dos teus.
Perdoa-me, amor,
se deixar fugir o prazo
para reclamar o espólio herdado
e requerido em papel selado
na conservatória de qualquer registo predial.
Aqui, onde te escrevo,
não há princípios nem fins
e até o tráfego estagnou
retratando-se temporariamente
na superfície morta do lago municipal.
(Poema escrito no início da década 90)
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