Podia haver silêncio, mas não há.
Apenas um crepitar de sombras
centrífugo,
roendo — das pontas para o centro —
o mapa pessoal, a carta juvenil garatujada
num dialeto agora indecifrável para sempre,
criptograma com asas de cisnes
e plátanos do primeiro jardim.
Podia haver silêncio,
se a vida parasse
e o passado não crescesse como uma ideia fixa.
1 comentário:
Olá, Luis.
Texto potente, adorei.
Abraços.
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