Ervas secas,
quase mortas.
Vós, que tivestes
todo o verão para florir,
e creio que cumpristes.
Os pássaros e os ratos
amavam-vos
por razões diversas,
mas não menos sinceras
e frutuosas.
Amavam-vos
como quem ama
a mãe,
o pai,
a própria pele.
Agora,
vossas folhas
acastanham lentamente.
Talvez a terra vos chame
em segredo
e para sempre.
Ou talvez não.
Talvez apenas adormeçais
no lume brando do chão,
no melhor dos refúgios
para quem perdeu, por agora,
alguma força.
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