02/07/2025

Chapins



É difícil escrever poemas depois do almoço,
especialmente quando se come sopa de feijão-verde.

Mas para os chapins não é bem assim —
acabei de vê-los nas árvores da escola.

Continuam a cantar como se a manhã
tivesse acabado de nascer,
e a saltar de ramo em ramo,
como se tivessem molas nos pés.

Jesus bem nos havia avisado:
“Olhai as aves do céu.”

E nós — crentes na fé
e ignorantes na ornitologia —
acreditámos que o Sermão da Montanha
era uma parábola apenas.

2 comentários:

TORO SALVAJE disse...

Hola.
Gracias por tu visita.
He leído tu poema y me ha gustado.
No tengo chat GPT ni nada parecido, no utilizo traductores ni inteligencia artificial.
Pienso que en el ámbito de la poesía es muy difícil traducirla a través de máquinas, creo que no detectan ni la ironía, ni el doble sentido, ni el sarcasmo o la sorna... para eso hace falta un buen traductor humano y yo no lo soy.


Un saludo.

Luís Palma Gomes disse...

Se conheceres alguém, avisa-me, por favor.